28/06/2010

Fotos do Encontro do dia 27/06


Pessoal,

Esse encontro foi MUITO especial para nós e realmente aconchegante! A casa da Michele ficou tão cheia e quase não deu para acomodar todo mundo! :o)

Estiveram presentes 20 pessoas:

- Ingrid e Douglas, coordenadora, mãe de João Victor
- Maíra, coordenadora
- Michele Frantz, coordenadora, mãe da Sarah e da pequena Irene
- Ana Lúcia (doula)
- Denise Ahrends, mãe do Enzo, 10 meses
- Julianna Malerba, grávida de 15 semanas
- Renata Dias Gomes e Felipe, pais de Maiara e do pequeno Tom
- Marly e Marcelo, grávidos de 18 semanas
- Lívia e Leonardo, grávidos de 21 semanas do Miguel
- Marcia e Edilson, tentantes, e pais do Pedro
- Dani K (Dani P.B. Dias), mãe da Lia e da Dora
- Débora, grávida de 28 semanas da Cora
- Claudia Seluja, parteira uruguaia
- Sabrina Callero, parteira uruguaia, além de mãe
- Bianca Zadrozny, mãe do pequeno João e também do Antonio


Maíra dessa vez apresentou a palestra que foi sobre fisiologia do parto. Foram exibidos vídeos com animações da descida do bebê na pelve materna até o nascimento. O útero feito de tricô também foi útil para as demonstrações.





Ingrid mostrou alguns vídeos de trabalhos de parto naturais do DVD "Orgasmic Birth" e alguns expulsivos de partos na Holanda.

Também tivemos a participação de duas parteiras uruguaias, Sabrina e Claudia, que foram convidadas pela Denise. Elas vieram ver como o grupo no Rio funciona para levar experiências para o seu país.

Na foto acima, Sabrina, Denise, Claudia e Ana Lúcia

Algumas novatas também compareceram. Foi o caso da Livia e do seu marido, Leonardo, grávidos de 21 semanas. Eles vieram através da Marly e do Marcelo, que sempre participam das reuniões. A Dani K também trouxe sua amiga, Débora, grávida de 28 semanas da Cora!


A Márcia e o Edilson estão em busca de uma equipe para acompanhá-los assim que engravidarem novamente. A Márcia já teve um parto normal com intervenções e dessa vez quer um parto mais natural possível.

Denise, Ana Lucia, Marly, Julianna e Renata, continuam sendo presença assídua nos grupos!

Depois de falármos bastante sobre fisiologia, nos reunimos no terraço da casa da Michele para falar um pouco dos nossos partos. A primeira a falar foi a Dani K. que teve a Lia por cesárea e depois a Dora, um parto domiciliar em SP.Depois do relato da Dani, ainda tivemos os relatos dos partos da Renata Dias que teve a Maiara de parto normal há 6 anos, no hospital e, mais recentemente, o parto do Tom, em casa.

Sabrina, a parteira uruguaia, também fez um breve relato do seu parto domiciliar.

Dani, de pé, dando seu relato...
E o pessoal, ouvindo...

Através de diferentes percepções, cada uma com um aprendizado, os relatos demonstraram o crescimento que cada muher teve durante sua gravidez, trabalho de parto e parto. Renata, depois do encontro teve inspiração para começar a escrever seu relato de parto.

Todas as fotos estão disponíveis a partir do link a seguir:

23/06/2010

Próximo Encontro: 27/06/2010 às 2010 às 10:00 - Fisiologia do Parto


Pessoal,

O nosso próximo encontro será bem aconchegante, na casa da Michele Frantz, mãe da pequena Irene com apenas 20 dias :) Ela pediu para avisar de levar casaco, pois faz um friozinho na casa dela!
Acontecerá dia 27 de junho de 2010, domingo, às 10hs com o tema: Fisiologia do Parto! Contaremos com roda de relatos de parto, e pequenos vídeos de nascimentos, incluindo trechos do Orgasmic Birth e do documentário sobre o trabalho desenvolvido pela obstetra Melania Amorim.
Estamos esperando por você! O evento é gratuito, mas para participar você deve confirmar sua presença!
Não perca! Leve seu marido! Conte sua experiência!

* Relembrando:
Quando: 27 de junho de 2010 - domingo das 10 às 12 hs
Tema: Fisiologia do Parto
Onde:
Rua Itamonte, 53/302 - Cosme Velho (tocar Portaria ou 302)*
Cidade: Rio de Janeiro - RJ
CONFIRME SUA PRESENÇA: através dos telefones: 94187500 (Ingrid) ou 9962-6555 (Maíra) ou pelo e-mail: ishtar.rio@gmail.com

* Subir a rua Cosme Velho, passar a entrada do Rebouças, passar a casa do Roberto Marinho, entrar na 2ª rua à direita (rua Indiana), identificar-se na guarita. A Itamonte é a 1ª à direita, o prédio é o último da rua. Para quem vem a pé ou de taxi: entrar direto na rua Itamonte pelo portão de pedestres, tocar interfone que o guarda abre. Quem vem de Botafogo de ônibus deve pegar o 584/583. Ou o metrô + integração Cosme Velho.
Telefones da Michele
: 2179 7565 / 2245 3638


AVISOS!
* Agora o Ishtar conta com um grupo de discussão na internet onde podemos trocar mensagens entre as participantes dos nove Ishtar pelo Brasil (Pará, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Brasília, Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro). Você recebeu o convite? Não? Então entre em contato e enviaremos!
Caso já tenha recebido, está esperando o que para entrar e se apresentar?!
Estamos sentindo sua falta!
http://groups.google.com.br/group/ishtarbrasil


Ishtar News
SEXTA-FEIRA, 18 DE JUNHO DE 2010

Parto é sexo?Fonte: http://mamiferas.blogspot.com/2010/06/parto-e-sexo.html

por: Kalu


O obstetra e pesquisador Michel Odent provou que os hormônios presentes durante o nascimento são os mesmos liberados na hora do orgasmo. Assim como para fazer amor, parir exige um ambiente em que a mulher se sinta segura, não vigiada, seduzida por sons, cheiros e liberdade para adotar a posição que mais lhe satisfizer.

Existe um paralelo direto entre o parto e o sexo. Mas uma recomendação importante: nunca diga isso por aí. Afinal, vivemos em uma sociedade em que parir é algo raro, talvez tanto quanto gozar. Fingir pode.

Nossa sociedade é tão doente e sexualizada que as boas práticas sexuais são combatidas. Parto é uma extensão e reflexo da vida sexual de uma mulher, assim como um reflexo de sua cultura. Dar de mamar também. As mulheres preferem fingir orgasmo, sentem mais prazer em caber numa calça do que na hora do sexo. Se não vêem problema em mutilar o corpo para transfigurar-se com uma lipoaspiração ou um silicone, aceitar uma cirurgia para extração de um feto é mais rápido, planejado e teoricamente, indolor.

Vivemos em tempo que a medicalização também é algo bem vindo para sanar as dores físicas e existenciais. O corpo perde, desde cedo a habilidade de funcionar fisiologicamente e precisa sempre de uma ajuda externa. Me surpreende o número de mulheres com constipação intestinal, daquelas que consomem remédios para dormir, para se sentirem felizes. Mas em nossa sociedade fragmentada, sexo não tem relação com parto. Doença não tem relação com processos psicológicos. Para tudo, médico e remédio.

As mulheres não se tocam, as mulheres não conhecem seus corpos, as mulheres só conhecem a beleza das capas de revista, dos seios de silicone. Por isso o parto é algo estranho: ver sair o que elas nunca queriam que tivesse entrado por ali. Os seios de fora podem ser mostrados para o mundo, mas nunca sugados pelo filho.

Muita gente fala sobre as facilidades de nossas avós parirem. Acho que para elas também não era tão fácil diante da repressão sexual que viviam. O fato é que não havia escolha. Teria que sair por onde entrou ou lidar com a morte. Do ponto de vista da preservação, o lugar do parto (geralmente em casa), cercadas de outras mulheres, facilitava o clima para entrega do corpo para o nascimento. Talvez naquele momento vivessem a verdadeira experiência sexual de suas vidas.

Dizer que parto é sexo é traçar uma linha direta para algo que ninguém quer olhar. Por ser direto, choca. Por chocar gera revolta. As mulheres que sentem que perderam algo e vão fundo, investigam, redescobrem sua mulher selvagem, fazem as pazes com ela e podem, num novo parto ou na instância sexual de suas vidas, serem mais fêmeas, mais realizadas. As demais continuam nos xingando, dizendo que não são menos mãe, rotulando. É mais fácil apontar a ferida fora do que curar a de dentro. E se incomoda, acredite: há algo dentro de si que merece ser investigado.

Cultivamos ainda a sensação de pecado. Gozar é pecado. Sentir prazer ao parir, é pecado. Ser mãe é quase ganhar uma instância de Santa. Como se pureza e prazer não pudesse andar juntos. Ainda preferem vestir uma camisolinhas com buraco para parirem assim como nossas avós faziam sexo. Afinal, se parto é sexo, muitos partos e não partos se assemelham a um estupro.

Eu tive um orgasmo no momento do nascimento do meu filho. Primeiro eu senti o círculo de fogo, que parece aquela sensação de perder a virgindade: levemente dolorosa mas de um prazer da carne. Aí ele passou e quando seu corpo girava dentro de mim, senti-me tocada interiormente de uma maneira tão intensa. Enquanto eu o abraçava com força com minhas intimidades, eu era acariciada interiormente como nenhuma outra vez pude ser. Os hormônios pulsantes, a presença do marido e seu cheiro, a luz baixa, a lua que sorria no céu, a vida que chegava rápida e natural como um orgasmo. Não sabia que poderia sentir aquilo. Afinal eu pensava que parto era uma coisa imaculada como a gestação. E tanto na gestação como no parto eu experimentei uma faceta selvagem, sexual do meu ser, que se despedia, não para sempre, mas naquela intensidade, no orgasmo do parto. Delicioso e intenso.

Não acho que o orgasmo no parto deva ser uma busca. Mas que nunca esqueçamos que o prazer em parir é nosso direito e a medida que permitimos que nossos instintos acordem poderemos vivenciar este prazer em uma instância física também. O lugar, assim como no sexo, é fundamental para essa vivência.

Sempre há chance de aprender a gozar. Sempre há a chance de parir. E um não parto pode ser curado em uma amamentação prazerosa. É a força da vida em ação em outra faceta. O importante é não parar na ferida e se calar diante da dificuldade fingindo. Fingir que está tudo bem para agradar ao outro ou uma instancia de si mesmo, é covardia.

O primeiro passo é assumir. E saber que muitas vezes achamos que o dono do nosso prazer, do nosso parto, é o médico ou o parceiro. Aí nasce o erro. Quando assumimos que o parto é nosso, que o corpo é nosso e encontramos nossa maneira de expressão, podemos olhar ao longe a face da liberdade.

Muitos não partos, muitos não orgasmos são um caminho tortuoso que encontramos para cuidar de nossa sexualidade.

Por fim, se nossas avós lutaram por uma verdadeira expressão da sexualidade feminina, hoje vejo que estamos desenhando o verdadeiro caminho da feminilidade. Com menos atributos externos que fazem vender coisas e mais fundamentos internos que fazem mudar o mundo.


Foto: Roberta Dabdab

13/06/2010

Fotos do Encontro do dia 13/06


Mais grávidas, apoio e muita alegria!

Estiveram presentes:

- Ingrid e Douglas, coordenadora, mãe de João Victor
- Maíra, coordenadora
- Ana Lúcia (doula)
- Denise Ahrends, mãe do Enzo, 10 meses
- Paula e Rogério, grávidos de 30 semanas
- Fabiana e Tyrone, grávidos de 30 semanas
- Mariana e Fabio, grávidos de 24 semanas
- Julianna e Agustin, grávidos de 13 semanas
- Renata Dias Gomes, mãe da Maiara de 6 anos e do Tom de 1 mês e meio

Hoje tivemos a presença de mais duas novas grávidas (Fabiana e Mariana) e da recém-parida Renatinha Dias Gomes, que teve há pouco mais de 1 mês um parto domiciliar do seu filho, Tom. Paula e Rogério, marcaram novamente sua presença, tirando dúvidas e participando das discussões. Julianna também compareceu trazendo, dessa vez, seu companheiro argentino, Agustin. Denise e Ana Lúcia, como sempre, contribuindo com suas experiências.

Na foto: Rogério e Paula, Fabio e Mariana (em pé), Fabiana e Tyrone, Agustin e Julianna. Sentadas, Ana Lúcia e Denise.

Na foto: Agustin, Julianna, Mariana, Fabio, Denise e Enzo (embaixo) e Ana Lúcia

Na foto: além dos citados na foto anterior, João Victor (7 anos) sentado na cadeira e Ingrid ao lado

Na foto: Maíra, Renata Dias com Tom e Rogério (marido da Paula)

O encontro de hoje foi sobre os Mitos na Gravidez e Parto. Ouvimos muitas vezes que uma amiga, prima, vizinha, ou que o nosso próprio nascimento ocorreu através de uma cesareana porque a mulher "não teve dilatação", "não teve passagem", "havia circular de cordão", etc.

Uma cesareana só devia ser feita em no máximo 15% dos nascimentos, porém, as taxas nas nossas maternidades particulares ultrapassam 80% e, no SUS, gira em torno de 30 a 40%. O que elevam essas taxas são as falsas-indicações utilizadas para justificar a cirurgia e que precisam ser identificadas pela gestante.

Segue abaixo, texto complementar da Ana Cristina Duarte sobre indicações verdadeiras e falsas para a cesareana. Mais informações também podem ser lidas em: Mitos e Fatos

NÃO É INDICAÇÃO DE CESÁREA (fonte: Ana Cristina Duarte - www.amigasdoparto.com.br)

* Circular de cordão (não importa quantas)
* Parto prolongado
* Expulsivo prolongado
* Pós-datismo (passou de 40 semanas)
* Pressão Alta
* Bacia "muito estreita"
* Bebê "muito grande"
* Cesárea anterior
* Primigesta "Idosa" (mais de 35 anos)
* Primigesta Adolescente
* HPV, verrugas genitais, miomas, cistos, duendes e elfos, etc.

As reais indicações de cesárea se resumem a uma lista de poucos itens:

INDICAÇÃO DE CESÁREA ANTES DO PARTO:

* Placenta prévia: raro e claro (ps. a placenta deixar de ser prévia até o final da gestação)
* Herpes Genital com Lesão Ativa: raro e claro (ps. para evitar, deve ser feita profilaxia a partir da 36a semana)
* Bebê em Posição Transversa: raro e claro

INDICAÇÃO DE CESÁREA DURANTE O TRABALHO DE PARTO:

* Eclâmpsia: Raro e Claro
* Prolapso de Cordão: Raro e Claro (ps. o rompimento artificial da bolsa das águas pode levar ao prolapso)
* Descolamento Prematuro da Placenta: Fácil de diagnosticar, raro de ocorrer
* Desproporção Céfalo-Pélvica: Altamente discutível, largamente usada de forma errada
* Parada de Proporção: Altamente discutível, largamente usada de dorma errada
* Sofrimento Fetal Agudo: Altamente discutível, largamente usada de forma errada

DISCUTE-SE MAS NÃO HÁ PROVA DE QUE UMA CESÁREA ELETIVA SEJA MELHOR A LONGO PRAZO:

* Bebê Sentado
* Mais de uma cesárea anterior
* Bacias deficientes (sem a tentativa de parto normal)
* AIDS

No final, fizemos um almoço no Botafogo Praia Shopping!

Na foto: Lipe e Renata, com Tom

Na foto: Denise e Enzo

10/06/2010

Próximo Encontro: 13/06/2010 às 2010 às 10:00 - Mitos na Gravidez e Parto

Pessoal,

O nosso próximo encontro será no dia 13 de junho de 2010 às 10hs.
O tema desse encontro serão os Mitos na Gravidez e Parto! Falta de dilatação? Bacia estreita? Bebê passou da hora? Placenta envelhecida? Venha saber o que é fato e o que é mito na nossa próxima reunião!
Estamos esperando por você! O evento é gratuito, mas para participar você deve confirmar sua presença!
Não perca! Leve seu marido! Conte sua experiência!

* Relembrando:
Quando: 13 de junho de 2010 - domingo das 10 às 12 hs
Tema: Mitos na Gravidez e Parto
Onde: Rua Bambina, 146 - salão de festas - Botafogo
Cidade: Rio de Janeiro - RJ
CONFIRME SUA PRESENÇA: através dos telefones: 94187500 (Ingrid) ou 9962-6555 (Maíra) ou pelo e-mail: ishtar.rio@gmail.com

AVISOS!
* Agora o Ishtar conta com um grupo de discussão na internet onde podemos trocar mensagens entre as participantes dos nove Ishtar pelo Brasil (Pará, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Brasília, Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro). Você recebeu o convite? Não? Então entre em contato e enviaremos!
Caso já tenha recebido, está esperando o que para entrar e se apresentar?!
Estamos sentindo sua falta!
http://groups.google.com.br/group/ishtarbrasil

Ishtar News
Eu acredito
http://mamiferas.blogspot.com/2010/05/eu-acredito.html

por: Kalu

Eu acredito em você, acredito na força do seu corpo, da sua natureza. Se você foi capaz de gestar, vencendo as raras estáticas que fazem acontecer a vida humana, você tem plena capacidade de parir. Eu acredito em você e torço para que esqueça as dores dos outros, as experiências alheias, as referências de dores do mundo. Esqueça os diagnósticos médicos que tentam exaltar sua incapacidade.

Eu acredito em você e mais ainda que você deseja ardentemente o melhor para si e para seu bebê. Eu acredito que você espera que sua natureza trabalhe e que você sinta, como um corpo no oceano, que se aproxima de uma praia paradisíaca. A cada onda você se aproxima. E quando estiver mais perto do continente, a maré ficará mais forte. Simplesmente solte seu corpo e confie na força da natureza. Ela é você.

Ao invés de pensar no que pode falhar, não dar certo, do que está fora dos protocolos, pense no evento do nascimento como uma festa. Prepare uma deliciosa mala de comida, com aquilo que você quer eternizar em sua memória. Lembre que mesmo sem lucidez você lembrará do nascimento de seus filhos com uma riqueza de detalhes impressionantes.

Pense nas músicas que você quer ouvir durante sua viagem ao seu interior. Sim, vivenciar o parto é mergulhar dentro de si e nesta floresta escura e desconhecida, viver a mais fantástica aventura espiritual e humana. Escolha sua trilha sonora. Se você canta, ensaie para seu filho. Cantar ajuda a aliviar as tensões, a relaxar o assoalho pélvico e faz a dor ficar bem mais amena. Se seu marido toca viola, escolha canções para ele cantar para você. Façam um lindo dueto como o fizeram quando colocaram esta alma neste mundo.

Escolha um lugar que você se sinta bem para receber esta vida. E mais ainda, aonde você tem poder de negociar, de escolher o que comer, o que ouvir, onde sentar ou caminhar. Escolha, sobretudo, um lugar onde olhem para você não como uma bomba relógio a explodir a vida, mas como um corpo sagrado que é capaz de parir divinamente.

Escolha pessoas que acreditam em você, que acreditam em sua natureza de fêmea, de mulher, na força do feminino. Essas pessoas lhe darão fé para continuar, para lembrar a razão de suas escolhas. Escolha alguém para segurar em suas mãos, olhar nos seus olhos e dizer: Estamos quase lá, você está indo muito bem.

Escolha por um ambiente que seu filho seja tratado com amor, que possa ficar mais tempo possível com você e de preferência, que não se separem nem por um momento. Opte por um lugar que você pode negociar protocolos com a pediatria. Se informe sobre tudo possível e se precisar, peça ajuda para pessoas que já passaram pela experiência e conhecem de perto o modelo obstétrico e pediátrico.

Faça do momento de nascer uma celebração da vida, uma grande festa, com música, boa comida, boas lembranças e boas companhias. Não permita que um penetra estrague sua festa e roube sua cena. Tenha fé naquilo que trouxer mais luz e conforto ao seu coração, porque a fé cria uma possibilidade incrível de fazer as coisas darem certo. Não falo em fé religiosa somente, falo da fé em si mesma, na força da natureza, na certeza de que somos perfeitas para gestar e parir.

Lembre-se: nunca é tarde para mudar. Enquanto o bebê estiver aí na barriga há a chance de escrever um novo fim. Eu mudei com 37 semanas. Até no dia do nascimento mudar é possível. Prepare o nascimento como quem faz uma celebração. Eu acredito na força da vida e tenho certeza que você também.

Kalu Brum - Jornalista
MTB: 47.549/sp
031 3541 8653
031 8749 2500
http://www.mamiferas.blogspot.com


--

“Quando se tem uma meta, o que era um obstáculo passa a ser uma das etapas
do plano.” Gerhard Erich Boehme